Já ouviu falar do conceito “arquétipo de marketing?” Ele pode transformar o jeito como você vende e como a sua marca é vista por seu público-alvo, e isso é muito importante, pois estamos na era do consumidor 4.0, e ele sempre busca por marcas que estejam de acordo com seus princípios.
Acompanhe com a gente e tire suas dúvidas!
O que é arquétipo?
Segundo o dicionário, arquétipo é definido como “modelo ou padrão passível de ser reproduzido em simulacros ou objetos semelhantes.” Carl Jung, psiquiatra, psicoterapeuta e criador da teoria, acreditava que os arquétipos estão presentes no inconsciente de todo o indivíduo e que são responsáveis por moldar pessoas, objetos, conceitos e criações.
Para ele, os arquétipos permitem explicar histórias vivenciadas por gerações passadas e, além disso, que espelham as principais motivações do ser humano: valores, traços de personalidade e crenças.
Jung separou esses arquétipos em doze tipos, já que os considerava fundamentais para as experiências e evolução do ser humano, provocando emoções e conexões profundas entre os indivíduos.
Qual a relação entre arquétipo e marketing?
O conceito de arquétipo começou a ser aplicado em neuromarketing nos anos 80, mas foi no início do século 21 que as autoras Carol S. Pearson e Margaret Mark escreveram um livro chamado “O Herói e o Fora da Lei”, empregando, de fato, o conceito no marketing. A ideia era mostrar como a aplicação gerava propósito e conexões entre marca e consumidor.
Desde então, o conceito é amplamente aplicado em estratégias de branding, desenvolvimento de identidade visual, planejamento de marca e estudos comportamentais de público-alvo.
Mas como isso funciona? O conceito consiste em relacionar a sua marca a uma personalidade: com propósitos, valores e traços de personalidade.
Com isso, ao estabelecer uma personalidade para a sua marca, você consegue facilmente se relacionar com o seu público, melhorando a sua percepção de público-alvo e, consequentemente, a segmentação.
Além de conseguir identificar o público e o seu comportamento, trabalhar com os arquétipos também permite que esses consumidores criem vínculos com você, já que compartilham dos mesmos propósitos e valores, algo que é fundamental atualmente.
Quais são os 12 arquétipos?
Agora que você entendeu o que é arquétipo, vamos aos doze criados por Jung e, por mais que você nunca tenha percebido e que não seja amplamente discutido, são utilizados constantemente por diversas marcas de todos os nichos e portes.
Você já percebeu isso?
Conheça os doze arquétipos e confira alguns exemplos de marcas que aplicaram o conceito em suas estratégias:
O inocente
Como diz o nome, o inocente inspira pureza, inocência, simplicidade e positividade sobre tudo que o envolve.
Outras características que norteiam o arquétipo inocente são: autenticidade, espontaneidade e transparência, eles buscam soluções simples que podem resolver grandes conflitos.
Duas marcas que trabalham bem o arquétipo inocente são: Coca-Cola e a Dove.
O sábio
Responsável por estimular o “pensar”, o arquétipo sábio está sempre antenado às tendências, às métricas e aos resultados.
Ele acredita que o conhecimento é o poder e que, através dele, podemos conquistar o mundo e chegar onde quisermos.
Avalie a revista Veja e o TEDx e observe o arquétipo sábio sendo empregado.
O herói
Corajoso, esforçado e disposto a mudar o mundo. O herói trabalha constantemente para ser o melhor, tendo alto níveis de produtividade e disciplina.
A Nike é um ótimo exemplo de como o arquétipo do herói funciona na prática.
O fora da Lei
O que você pensa com esse nome? O arquétipo “fora da lei” é inquieto, rebelde e está sempre disposto a encarar desafios e quebrar barreiras.
É aquele que quer revolucionar e sair da zona de conforto, por isso, as marcas que utilizam desse arquétipo são vistas como inovadoras e disruptivas, como a Apple e a Harley-Davidson.
O explorador
O explorar busca se desprender do tédio e da rotina, tem como característica a ambição e está sempre em movimento, buscando descobrir o mundo e suas novidades.
Marcas de carro, como a Jeep e Land Rover, trabalham muito bem com esse arquétipo.
O mago
O mago busca transformar a realidade e o senso comum, através de magia, mistério e até improvisação, às vezes.
Também se relaciona com a liberdade, inovação e o famoso “fora da caixa”, com ideias disruptivas.
Mastercard e RedBull adotam esse arquétipo.
A pessoa comum
O principal objetivo da pessoa comum é se inserir efetivamente na sociedade, criar uma rotina, pertencer a um grupo e não ter grandes feitos em sua história.
É, de fato, uma pessoa comum, simples, sem grandes ambições. Havaianas e Hering trabalham com esse arquétipo trazendo a simplicidade como característica predominante.
O amante
Apesar do nome, esse arquétipo relaciona-se com a personalização, valorização, intimidade e ousadia. Marcas mais “restritas” e exclusivas costumam trabalhar com esse arquétipo, trazendo um tom de “público limitado”, como Dior e Chanel, por exemplo.
O Bobo
Espontâneo, brincalhão, acessível e engraçado. Não espera-se grandes ideias ou revoluções daqui, o arquétipo bobo traz leveza e busca aceitação social através da simplicidade, como a Skol e Pepsi fazem.
O Cuidador/Prestativo
A meta desse arquétipo é facilitar, gerar experiências incríveis e trabalhar para promover uma vida melhor aos seus consumidores – não medir esforços para ajudar a sociedade.
Instituições de serviços adotam esse arquétipo, como o Médico Sem Fronteiras e a Amazon.
O Criador
Cheio de criatividade, gosta de compartilhar conhecimento e valorizar suas ideias. É um “inconformado”, está sempre buscando novos projetos e trabalhando seus traços artísticos, como a Disney e a Lego, por exemplo.
O Governante
Como diz o nome, o governante é um líder nato, gosta de estar no controle e tem um grande poder de persuasão.
Ainda assim, é carismático, não tem problema com multidões e consegue criar grupos e comunidades facilmente. Marcas que adotaram esse arquétipo: Porto Seguro e IBM.
Usando os arquétipos para melhorar a estratégia de vendas
Agora que você já sabe o que é arquétipo e conhece cada um deles, é hora de entender como implementar essa estratégia vai ajudar nas vendas do seu negócio.
Como dissemos anteriormente, trabalhando com os arquétipos é mais fácil conhecer e se identificar com seu público, já que compartilham dos mesmos valores e propósitos.
Essa personalidade alinhada ao público é valiosa e gera uma conexão profunda, fazendo com que o público sinta confiança e seja leal a sua marca; principalmente quando pensamos que a persona da marca e a gestão dela é feita com base nesses valores, mostrando constantemente os traços da sua personalidade.
Além disso, através dessa personalidade é possível montar um storytelling muito mais consistente e coerente: por que as pessoas compram café no Starbucks e não em outra cafeteria? Porque a marca conta uma história e cria um universo que envolve o público, tornando-a especial e motivando a lealdade do consumidor.
Com isso, você já conseguiu notar qual a consequência?
Público alinhado aos seus valores → storytelling coerente → discurso persuasivo e convincente = mais clientes e melhor que isso: clientes fidelizados.
Marcas que utilizam os arquétipos têm ou diferencial de estarem criando um universo em torno do produto, compare os exemplos que demos aqui: Jeep, Red Bull, Nike, Dior e tantas outras, todas elas conquistam o seu público através de histórias bem contadas, um universo particular que cada uma proporciona.
O usuário sempre deve estar no centro da sua estratégia, proporcionando a melhor experiência a ele.
Compartilhe suas percepções com a gente: Já tinha pensado em implementar os arquétipos na estratégia do seu negócio?
Mais que isso: em algum momento, tinha notado que as marcas que citamos aqui trabalham com arquétipos? Conheça nosso blog para mais informações sobre marketing digital.