O comércio eletrônico brasileiro segue em expansão. Projeções recém-divulgadas pela consultoria italiana Translated dão conta de que o Brasil será o 4º maior e-commerce mundial até 2016, atingindo um faturamento de cerca de R$ 45 bilhões.
Este cenário não foi construído do dia para a noite. O longo caminho percorrido por empresas para adquirir credibilidade passou pelo processo de se comunicar bem, entregar o que promete e cumprir prazos. A logística persiste desafiando os empreendedores, que não dependem apenas de ações internas e sofrem com obstáculos como estradas em estado lastimável, problemas com fornecedores e defasagem de catálogo.
Neste sentido, tenho escrito aqui, há algum tempo, que um mix de comunicação é o caminho mais eficiente. Porém, o monitoramento de resultados fornecidos por estratégias como o e-mail marketing ainda se mostra a ação com maior sucesso.
Testes A/B, relatórios, acompanhamento de abandono de carrinho, entre outros feedbacks, auxiliam a direcionar esforços e a desenvolver campanhas mais adequadas e direcionadas a cada perfil.
Podemos citar como tendência o investimento em dois grupos bastante específicos para os próximos anos: os jovens que ainda não fazem parte do mercado de trabalho e costumam fazer suas compras em lojas físicas, e os usuários com idade acima de 50 anos, que estão se familiarizando com a prática.
Um dado curioso, por fim, está no tipo de produto que vêm sendo consumido. Até 2006, os livros, CDs e DVDs eram os campeões de vendas. Nos últimos anos, os eletrodomésticos e eletroeletrônicos assumiram o topo do pódio e as categorias de moda e acessórios que eram pouco expressivas, figurando abaixo da vigésima quinta colocação, subiram para a segunda posição, podendo chegar ao primeiro lugar em datas comemorativas como Dia das Mães e Dia dos Namorados.
Outra meta para quem deseja investir está na aplicação de formas de abordagem cada vez mais específicas, com foco na classe C, que também está aprendendo a utilizar o e-commerce. Metade dos consumidores virtuais pertence à nova classe média, com renda familiar de R$ 3.000,00 por mês.
Em geral, o público está mais exigente em função da experiência adquirida utilizando inclusive as redes sociais para reclamar, buscar informações sobre o produto e consultar preços.
Resumindo, grandes esperanças e expetativas é o que vivemos agora no comércio virtual nacional.
* Victor Popper é CEO da All In
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Última modificação: 30 de outubro de 2020
Obrigado, parabéns pelo artigo, me ajudou
muito, vou compartilhar sempre seu site.