Escrito por 07:30 Estratégias, Marketing Digital

O que é arquétipo: como e por que tê-lo em sua estratégia

Pessoas em volta de uma mesa, apontando para projetos

Já ouviu falar do conceito “arquétipo de marketing?” Ele pode transformar o jeito como você vende e como a sua marca é vista por seu público-alvo, e isso é muito importante, pois estamos na era do consumidor 4.0, e ele sempre busca por marcas que estejam de acordo com seus princípios.

Acompanhe com a gente e tire suas dúvidas!

O que é arquétipo?

Segundo o dicionário, arquétipo é definido como modelo ou padrão passível de ser reproduzido em simulacros ou objetos semelhantes.” Carl Jung, psiquiatra, psicoterapeuta e criador da teoria, acreditava que os arquétipos estão presentes no inconsciente de todo o indivíduo e que são responsáveis por moldar pessoas, objetos, conceitos e criações.

Para ele, os arquétipos permitem explicar histórias vivenciadas por gerações passadas e, além disso, que espelham as principais motivações do ser humano: valores, traços de personalidade e crenças.

Jung separou esses arquétipos em doze tipos, já que os considerava fundamentais para as experiências e evolução do ser humano, provocando emoções e conexões profundas entre os indivíduos. 

Qual a relação entre arquétipo e marketing?

imagem vetorizada mostrando um megafone soltando imagens que representam comunicação e com pessoas próximas.

Você sabe o que é arquétipo e como ele pode melhorar sua estratégia de marketing?

O conceito de arquétipo começou a ser aplicado em neuromarketing nos anos 80, mas foi no início do século 21 que as autoras Carol S. Pearson e Margaret Mark escreveram um livro chamado “O Herói e o Fora da Lei”, empregando, de fato, o conceito no marketing. A ideia era mostrar como a aplicação gerava propósito e conexões entre marca e consumidor.

Desde então, o conceito é amplamente aplicado em estratégias de branding, desenvolvimento de identidade visual, planejamento de marca e estudos comportamentais de público-alvo.

Mas como isso funciona? O conceito consiste em relacionar a sua marca a uma personalidade: com propósitos, valores e traços de personalidade. 

Com isso, ao estabelecer uma personalidade para a sua marca, você consegue facilmente se relacionar com o seu público, melhorando a sua percepção de público-alvo e, consequentemente, a segmentação. 

Além de conseguir identificar o público e o seu comportamento, trabalhar com os arquétipos também permite que esses consumidores criem vínculos com você, já que compartilham dos mesmos propósitos e valores, algo que é fundamental atualmente.

Quais são os 12 arquétipos?

Agora que você entendeu o que é arquétipo, vamos aos doze criados por Jung e, por mais que você nunca tenha percebido e que não seja amplamente discutido, são utilizados constantemente por diversas marcas de todos os nichos e portes. 

Você já percebeu isso? 

Conheça os doze arquétipos e confira alguns exemplos de marcas que aplicaram o conceito em suas estratégias:

O inocente

Como diz o nome, o inocente inspira pureza, inocência, simplicidade e positividade sobre tudo que o envolve. 

Outras características que norteiam o arquétipo inocente são: autenticidade, espontaneidade e transparência, eles buscam soluções simples que podem resolver grandes conflitos. 

Duas marcas que trabalham bem o arquétipo inocente são: Coca-Cola e a Dove.

O sábio

Responsável por estimular o “pensar”, o arquétipo sábio está sempre antenado às tendências, às métricas e aos resultados

Ele acredita que o conhecimento é o poder e que, através dele, podemos conquistar o mundo e chegar onde quisermos. 

Avalie a revista Veja e o TEDx e observe o arquétipo sábio sendo empregado.

O herói 

Corajoso, esforçado e disposto a mudar o mundo. O herói trabalha constantemente para ser o melhor, tendo alto níveis de produtividade e disciplina

A Nike é um ótimo exemplo de como o arquétipo do herói funciona na prática. 

O fora da Lei

O que você pensa com esse nome? O arquétipo “fora da lei” é inquieto, rebelde e está sempre disposto a encarar desafios e quebrar barreiras

É aquele que quer revolucionar e sair da zona de conforto, por isso, as marcas que utilizam desse arquétipo são vistas como inovadoras e disruptivas, como a Apple e a Harley-Davidson. 

O explorador

O explorar busca se desprender do tédio e da rotina, tem como característica a ambição e está sempre em movimento, buscando descobrir o mundo e suas novidades. 

Marcas de carro, como a Jeep e Land Rover, trabalham muito bem com esse arquétipo.

O mago

O mago busca transformar a realidade e o senso comum, através de magia, mistério e até improvisação, às vezes. 

Também se relaciona com a liberdade, inovação e o famoso “fora da caixa”, com ideias disruptivas. 

Mastercard e RedBull adotam esse arquétipo.

A pessoa comum

O principal objetivo da pessoa comum é se inserir efetivamente na sociedade, criar uma rotina, pertencer a um grupo e não ter grandes feitos em sua história. 

É, de fato, uma pessoa comum, simples, sem grandes ambições. Havaianas e Hering trabalham com esse arquétipo trazendo a simplicidade como característica predominante

O amante

Apesar do nome, esse arquétipo relaciona-se com a personalização, valorização, intimidade e ousadia. Marcas mais “restritas” e exclusivas costumam trabalhar com esse arquétipo, trazendo um tom de “público limitado”, como Dior e Chanel, por exemplo.

 

O Bobo

Espontâneo, brincalhão, acessível e engraçado. Não espera-se grandes ideias ou revoluções daqui, o arquétipo bobo traz leveza e busca aceitação social através da simplicidade, como a Skol e Pepsi fazem.

O Cuidador/Prestativo

A meta desse arquétipo é facilitar, gerar experiências incríveis e trabalhar para promover uma vida melhor aos seus consumidores – não medir esforços para ajudar a sociedade. 

Instituições de serviços adotam esse arquétipo, como o Médico Sem Fronteiras e a Amazon.

O Criador

Cheio de criatividade, gosta de compartilhar conhecimento e valorizar suas ideias. É um “inconformado”, está sempre buscando novos projetos e trabalhando seus traços artísticos, como a Disney e a Lego, por exemplo.

 

O Governante

Como diz o nome, o governante é um líder nato, gosta de estar no controle e tem um grande poder de persuasão

Ainda assim, é carismático, não tem problema com multidões e consegue criar grupos e comunidades facilmente. Marcas que adotaram esse arquétipo: Porto Seguro e IBM.

Usando os arquétipos para melhorar a estratégia de vendas

Imagem mostra pessoas olhando para um notebook posicionado em uma mesa

Utilizar arquétipos é uma estratégia que pode melhorar suas vendas, eles auxiliam na construção da presença da marca.

Agora que você já sabe o que é arquétipo e conhece cada um deles, é hora de entender como implementar essa estratégia vai ajudar nas vendas do seu negócio.

Como dissemos anteriormente, trabalhando com os arquétipos é mais fácil conhecer e se identificar com seu público, já que compartilham dos mesmos valores e propósitos. 

Essa personalidade alinhada ao público é valiosa e gera uma conexão profunda, fazendo com que o público sinta confiança e seja leal a sua marca; principalmente quando pensamos que a persona da marca e a gestão dela é feita com base nesses valores, mostrando constantemente os traços da sua personalidade.

Além disso, através dessa personalidade é possível montar um storytelling muito mais consistente e coerente: por que as pessoas compram café no Starbucks e não em outra cafeteria? Porque a marca conta uma história e cria um universo que envolve o público, tornando-a especial e motivando a lealdade do consumidor.

Com isso, você já conseguiu notar qual a consequência? 

Público alinhado aos seus valores → storytelling coerente → discurso persuasivo e convincente = mais clientes e melhor que isso: clientes fidelizados.

 Marcas que utilizam os arquétipos têm ou diferencial de estarem criando um universo em torno do produto, compare os exemplos que demos aqui: Jeep, Red Bull, Nike, Dior e tantas outras, todas elas conquistam o seu público através de histórias bem contadas, um universo particular que cada uma proporciona.

O usuário sempre deve estar no centro da sua estratégia, proporcionando a melhor experiência a ele.

Compartilhe suas percepções com a gente: Já tinha pensado em implementar os arquétipos na estratégia do seu negócio? 

Mais que isso: em algum momento, tinha notado que as marcas que citamos aqui trabalham com arquétipos? Conheça nosso blog para mais informações sobre marketing digital.

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Última modificação: 4 de julho de 2022
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