Escrito por 14:12 E-commerce

Os impactos da crise no varejo

No WebShoppers divulgado na semana passada, a Fecomércio falou sobre a crise econômica e política pela qual o Brasil está passando. De acordo com os dados apontados, esse é a maior crise desde 1930, economistas estão prevendo queda de cerca de 3,5% no PIB em 2016, após ter registrado recuo de 3,8% em 2015. Além disso, o desemprego já passa dos 11%.
A Fecomércio acredita que a atual crise esteja relacionada a confiança e não aos ciclos econômicos que costumam ser os principais motivos. Como evidência disso a instituição ressalta o pessimismo de empresários e consumidores que, ao longo de 2015 e 2016, atingiram os patamarefefefefs mais baixos da história.

Ainda sobre a crise, a Fecomércio aponta que é difícil definir quando começa uma crise, mas diz que intervenções equivocadas do governo realizadas a partir de 2012 desestruturaram setores-chave da economia. Outro ponto é que o cenário internacional estava favorável para o Brasil e isso ofuscava problemas estruturais do país. No entanto, ações governamentais equivocadas geraram desconfiança nos investidores internacionais e o déficit das contas públicas só aumentaram entre 2014 e 2015 e, como o governo não apresentou nenhuma proposta para contornar o problema, perdeu o apoio do povo e do Congresso.

Diante deste cenário, o varejo paulista vem encarando queda nas vendas desde 2014. Naquele ano o setor foi impactado pelo aumento dos juros, redução da oferta de crédito e crescente desconfiança dos consumidores que tornaram-se mais conservadores.

As maiores quedas das vendas foram percebidas nos setores de bens não duráveis e semiduráveis, já que a população começou a reduzir o consumo, evitando o endividamento e priorizando a compra de produtos e serviços essenciais. Poucos setores apresentaram bom desempenho como Supermercados, Farmácias e Perfumarias, que registraram alta por causa do caráter essencial dos bens que comercializam.

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Comparando o primeiro semestre de 2016 como mesmo período do ano anterior, o comércio eletrônico paulista apresentou uma queda de 7,4% no faturamento real, apesar do crescimento expressivo apresentado entre 2013 e 2014 (27,5%). O e-commerce que vinha apresentando crescimento na participação das vendas do varejo paulista desde 2013, no primeiro semestre desse ano registrou queda de 0,3%.

A Fecomércio ressalta que nem os avanços tecnológicos ou a mudança dos hábitos dos consumidores, foram capazes de aliviar os efeitos da crise no setor. No entanto, é importante ressaltar que as categorias que mais foram impactadas negativamente pela crise, são as com maior participação nas vendas online (Vestuário e Calçados e Eletrodomésticos e Eletrônicos).

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Não foi só o faturamento real que registrou queda, o número de pedidos no comércio eletrônico passou de 10.267 milhões no primeiro trimestre de 2015, para 9.529 milhões, no primeiro trimestre de 2016, representando um declínio de 7.2%. Apesar disso o ticket médio manteve-se estável em R$ 378, 9.1% maior que em 2014 (R$ 344), o que sugere que a maioria das compras nesse canal é de produtos de alto valor agregado e que, com a crise, as classes mais baixas ainda não migraram para o e-commerce.

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Apesar do cenário desastroso, os Índices de Confiança do Consumidor (ICC) e de Expectativas do Consumidor (IEC) da FecomercioSP voltaram a subir e atingiram 98 e 128,5 pontos em junho, alta de 7,9% e 7,2% na comparação com maio deste ano, respectivamente. Esses aumentam parecem representar um voto de confiança que a população está depositando na nova equipe econômica do país, no entanto o prazo de validade é curto e, se não for apresentado um plano de reformas estruturais, ajuste das contas públicas com corte de gastos – e não aumento de impostos –, esse voto cairá por terra.bgbgbgb

A Fecomércio acredita que o  segundo semestre de 2016 apresentará melhores condições para o varejo e prevê números melhores no Natal desse ano, se comparado ao mesmo período de 2015. Mesmo com tantas incertezas diante do cenário nebuloso, conforme o consumidor retoma a confiança, ele volta a fazer compras mais ambiciosas. Espera-se que a partir do segundo semestre o cenário esteja mais claro e que medidas de racionalização do setor público e de retomada de investimentos reaqueçam definitivamente a economia após a maior crise econômica da história do País. Daí a aposta em um Natal que simbolize essa retomada das vendas do varejo.

Por isso, prepare-se para a Black Friday e Natal, com a melhora na economia, os consumidores estarão dispostos a comprar mais em comparação ao ano anterior.

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Última modificação: 30 de outubro de 2020
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