Na semana passada a Ebit publicou a 34ª edição do WebShoppers e, além de trazer os principais números referentes ao primeiro semestre de 2016 do e-commerce brasileiro, também trouxe importantes insights sobre o ciclo de compra natural das pessoas, a crise econômica e política do Brasil e o índice FIPE/Buscapé atualizado.
No relatório do ciclo de compra natural, a Ebit ressaltou o crescimento da categoria telefonia/celulares no e-commerce, afinal esse segmento registrou um crescimento de 5% no share de vendas entre 2013 e 2015 saindo do sexto para o terceiro lugar nesse mesmo período. No primeiro semestre de 2016 a categoria já alcançou o segundo lugar em faturamento com um ticket médio de R$ 867.
O uso do smartphone para compras online tem sido cada vez mais recorrente, enquanto em junho de 2011 esse canal representava apenas 0,3% das compras pela internet, em 5 anos o share aumentou para 23%, ou seja o mobile representou um aumento de 6.300%.
Pensando nessa mudança de comportamento do consumidor, André Ricardo Dias, COO da Ebit reflete sobre como as empresas devem atuar e afirma “a internet mudou significativamente a forma como as pessoas adquirem um produto ou serviço, pois a regra não é mais como encontrar seus clientes, mas sim como ser encontrado por eles de forma pouco invasiva e com credibilidade”.
Para entender ainda mais sobre o ciclo de compra de Celulares/Telefonia, a Ebit conduziu uma pesquisa paralela entre junho e julho de 2016 com 7.809 e-consumidores e perguntou quais foram os produtos comprados nos últimos três meses pela Internet. Com 26% dos votos a categoria foi a mais votada pelos entrevistados.
De acordo com o relatório, o consumidor tem um ciclo de compra natural, seja pela internet ou no varejo tradicional. Tudo começa quando o cliente identifica uma necessidade de comprar um produto ou serviço, seja por desejo ou para resolver algum problema, algumas pessoas acabam agindo por impulso, enquanto outros são mais conservadores e pensam de forma mais planejada a real necessidade para aquisição de uma mercadoria. A partir deste momento, o consumidor que atualmente está mais consciente e bem informado passa a buscar pelo produto ou serviço desejado, podendo ser influenciado por uma enorme quantidade de anúncios e publicidade dos mais variados formatos até que tome sua decisão.
Com a pesquisa realizada, a Ebit descobriu que quanto maior o valor agregado do produto adquirido, maior é a necessidade de pesquisar e buscar o melhor custo-benefício. Apenas 3% dos consumidores afirmaram que não pesquisaram o preço do produto, enquanto 53% procuraram informações na Internet e outros 37% utilizaram tanto meios digitais quanto lojas físicas para comparação.
Ainda nessa pesquisa realizada paralelamente, foi possível observar que a jornada de escolha do produto pode ser mais longa do que o esperado. Enquanto somente 15% dos entrevistados afirmaram que fizeram escolha imediata do item comprado, outros 42% demoraram até uma semana para a escolha do artigo ideal e outros 42%, mais de duas semanas.
Quando perguntados sobre os principais atributos que são considerados durante o processo de compra de um novo produto, preço fica em primeiro lugar com 57% dos votos, seguido por qualidade (50%) e frete grátis (25%).
Nos próximos textos, falaremos sobre os dois últimos capítulos do WebShoppers primeiro semestre de 2016.